26 de dezembro de 2011

Miserável Homem



  Romanos 7.24 

A segunda metade do capítulo descreve o conflito das duas naturezas que o crente possui. 

Gl 5.17: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com outro...”. 

Os v.14 e 15, 18, 19 e 21, são verdadeiros a respeito de todos os crentes. Vamos lê-los: “Sabemos que a lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio... Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realiza-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo... Assim, encontro essa lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim”. 

Você está aquém do padrão de Deus. Já se deu conta disso? 
Isto é um ENGANO! 

Por isso todo
Crente tem necessidade urgente de orar suplicando perdão por seus pecados diários. Lc 11.4; Tg 3.2

Esse v.24 é a linguagem de uma alma regenerada.
O incrédulo é miserável, mas ele não conhece a miséria que essa lamentação expressada evoca.

Somente o crente tem uma dupla natureza: Rm 7.22 diz que “no tocante ao homem interior” há prazer na lei de Deus, todavia (v.23), revela outra lei atuando.

Pois o reconhecimento dessa guerra em seu íntimo leva o crente a exclamar: “Desventurado homem que eu sou!”

Esse é um clamor produzido pela compreensão da habitação do pecado; É a confissão de alguém que reconhece não haver em si bem algum; É o lamento de alguém que descobriu algo a respeito de seu próprio coração; É o gemido de uma pessoa iluminada por Deus, que anela por libertação.

Esse gemido expressa a experiência normal do crente:
O crente que não profere diariamente esse clamor está em um estado de anormalidade e falta de saúde espiritual.

A ausência desse clamor na vida do crente revela que ele não se encontra em comunhão... que anda ignorante do ensino da Palavra de Deus (pois não está se enxergando...).

Esse é o mal dos nossos dias! ...os crentes estão se dando por satisfeitos... Já estão dizendo: “Não precisamos de mais nada!... estamos satisfeitos com o que conseguimos! Somos salvos por Jesus... já temos um pouco de santidade... um pouco de compromisso com a igreja... já sabemos um pouco sobre a Bíblia... já tenho um pouco de paciência, um pouco de mansidão, um pouco de bondade... está bom!

Outros dizem: “Temos 2, 5, 10, 20 anos de vida cristã, lemos a Bíblia, participamos da igreja, entregamos os dízimos”... ah! Até freqüentamos um pequeno grupo! Então isto significa que estamos ótimos!

Assim nos achamos muito dignos de estar onde Deus está.

Mas aquele que se curva diante do ensino da Palavra, que percebe o padrão que Deus tem proposto e descobre o quanto tem falhado em alcançá-lo, esse haverá de clamar: “Desventurado homem que sou”. Se Deus lhe revela a frieza de seu amor, o orgulho de seu coração, as vagueações da mente, o mal que contamina suas atitudes, esse crente haverá de clamar: “Desventurado homem que sou”

Se o crente reconhece o quanto é murmurador, rebelde, irritado por pouca coisa... se admite que não apenas tem pecado por fazer o que não deve ser feito, e pecado por não fazer o que deve ser feito, dos quais é culpado todos os dias, se ele admite isto, realmente clamará: ”Desventurado homem que sou!”.

Agora, esse clamor não será proferido apenas por aquele crente que se acha afastado do Senhor, mas também por aquele que está em comunhão verdadeira com o Senhor.

Quanto mais o crente entra na presença de Deus, tanto mais ele descobrirá as corrupções de sua natureza pecaminosa, e tanto mais desejará ser liberto de tal natureza.

Você sabe: quando a luz do sol inunda um cômodo da casa é que a poeira e a sujeira são completamente mostradas (é o que se dá quando entramos na presença de Deus).

E essa descoberta nos levará a clamar: “Desventurado homem que sou!”.

Mas, talvez, você pergunte: A comunhão com o Senhor não produz regozijo, ao invés de gemido? Produz as duas coisas.

Rm 8.16, 17: “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (regozijo)... “Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos...” (gemidos)

Tristeza e gemido estão presentes no mais elevado nível de espiritualidade.

Hoje em dia tem havido muita exaltação a respeito da comunhão com Cristo.

Um crente pode chegar ao outro e dizer: “Puxa, como orei hoje! Orei e jejuei!” ...e podemos participar do culto e dizer “Que maravilhoso! Como cantamos bonito!!”

Porém, se não houve qualquer senso de completa indignidade... se não houve qualquer lamentação pela depravação de nossa natureza... se não houve qualquer entretecimentos por nossa falta de conformidade com Cristo... se não houve o clamor “Desventurado homem que sou!”, então não houve, de maneira alguma, comunhão com Jesus.

Quando estava andando com o Senhor, Abraão exclamou: “Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18.27).

Estando face a face com Deus, Jó declarou: “Por isso me abomino” (Jó 42.6).

Ao entrar na presença de Deus, Isaías exclamou: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros” (Is 6.5).

Quando Daniel teve uma visão maravilhosa de Cristo, ele confessou: “Não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma” (Dn 10.8).

Numa carta, o apóstolo Paulo escreveu: “Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15). 

E Juntos Vamos Viver a Fé

Um comentário:

  1. Muito Forte é essa palavra! Em I Coríntios 15.45 Paulo nos revela duas naturezas: A do primeiro Adão, alma vivente, refere-se ao ser refém da natureza carnal e pecaminosa.[emoção] O último Adão, Jesus Cristo, diz respeito à Pessoa gerada pelo Espírito Santo.[razão]. O que Conclui-se que, enquanto o dito cristão não tiver sua natureza humana transformada em natureza espiritual, significa que jamais nasceu do Espírito. Somente quem é nascido do Espírito Santo é espírito.

    Já no texto mencionado ele usa o artificio de falar em primeira pessoa,convidando-nos a olharmos pra nós mesmos e pra sociedade,e assim notarmos o drama que se desenrola dentro da condição humana,vivemos dividido entre o egoismo e o amor,entre servir a nós mesmos e servir a Deus e os outros. O que tem predominado é o egoismo que é notado em cada ação,essa praga tem se alastrado pervertendo as relações sociais. Por isso temos uma sociedade desumana,injusta e perversa. Quem poderá nos libertar desse "corpo de morte"?? Somente a presença do Espírito Santo torna possível sacrificar os anseios da alma para se realizar a vontade de Deus. E quando isso é feito, então a glória do Eterno Pai se faz presente nos filhos por toda a eternidade.

    Que Deus continue te inspirando Diac. pois mensagens como essa nos leva a uma maior reflexão de que “Desventurado homem que sou!” Muito Forte!!!

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