13 de outubro de 2011

COMO JESUS TRATOU OS REJEITADOS


Esta é a história de um homem que subiu ao telhado e foi descido por seus amigos! Ela se encontra em S. Marcos 2:1 em diante.
"Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que Ele estava em casa. Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra.
"Alguns foram ter com Ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens.
"E, não podendo aproximar-se dEle, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que Ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente.
"Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.
"Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seus corações:
"Por que fala Ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? "E Jesus, percebendo logo por Seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
"Qual é mais fácil, dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito, e anda?
"Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados – disse ao paralítico:
"Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
"Então ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim." S. Marcos 2:1-12.
Quem era esse homem que se tornou o personagem central dessa história? Eu gostaria de sugerir que ele era um joão-ninguém naquela cidade. Ele era um inválido, vivia isolado. Ele, sem dúvida, não atraía atenção na cidade. Ele era além disso tudo um rejeitado. Qualquer pessoa sofrendo, afligida ou doente, era vista como grande pecadora – uma grande e constante pecadora! E nesse caso a acusação era verdadeira.
Às vezes, Jesus disse, que a doença e aflição nada tinham a ver com o pecado de uma pessoa. Ele disse isso sobre o homem cego em S. João 9. Os discípulos perguntaram: "Quem pecou, esse homem ou seus pais?''
E Jesus disse: "Nenhum."
Ainda assim o homem cego era considerado um grande pecador porque ele era cego. O homem nesta história não era apenas considerado um grande pecador, ele era pecador. A evidência é que sua aflição era o resultado de uma vida de pecado, e muitos comentaristas bíblicos consideram que isso era uma doença social. Assim ele era um rejeitado.
Um a um, os amigos, se afastaram dele, exceto seus amigos pecadores. Suponho que poderíamos até conjeturar que aqueles que o carregaram a Jesus eram do mesmo tipo.
Esse homem sabia o que era ter uma consciência culpada e empurrá-la e sublimá-la nas câmaras profundas da mente. Ele conhecia por experiência o mal do pecado. Não apenas pela observação. Ele sabia o que era ser um rejeitado. Ele conhecia a culpa e o que o diabo faz para atormentar uma pessoa com culpa. Ele conhecia o horror do pecado, apesar de ainda amá-lo. Ele conhecia o desassossego, os desejos insatisfeitos, o cativeiro do qual ele lutara em vão para se livrar.
Ele sabia que até mesmo os seus motivos não eram certos. Por que ele quis ir em busca de auxilio? Você já descobriu que algumas calamidades, aflições ou tristezas fazem o diabo bater na sua cabeça com seus motivos egoístas para volver-se para Deus naquela hora? Isto é chamado teologia do desespero – estar interessado em Deus somente quando há problema.
Assim, vemos esse homem vindo a Jesus. O que ele fez é uma coisa certa. Ele havia tentado outros métodos e sido desprezado muitas vezes. Ele estava quase para ser lançado em um túmulo em algum lugar, pois a doença havia alcançado um estágio avançado. Ele havia tentado os médicos, e esses o desanimaram, sentenciando que ele era incurável. Ele havia tentado os fariseus e líderes da igreja e eles o desanimaram. Disseram que ele era sem esperança, um grande pecador, um rejeitado por Deus e pelos homens. Seus amigos também o haviam desanimado. Porém, essa última tentativa, quando eles o baixaram pelo telhado, tornou-se o maior momento de sua vida.
Uma grande multidão estava ao redor de Jesus. Cafarnaum não era uma vila pequena – não naqueles dias. Se você for lá hoje, ela é muito tranqüila, exceto o movimento dos turistas com suas máquinas fotográficas. Porém, você pode ver ali as ruínas, nas margens do Mar da Galiléia. Você pode ver os restos da casa de Pedro, onde essa experiência ocorreu.
Após Jesus ter limpado o Templo, Ele havia saído da Judéia e vindo à Galiléia para começar Seu ministério ali. Os endemoninhados já haviam sido libertados exatamente na sinagoga. Tal notícia já havia sido espalhada pela cidade, alcançando até mesmo aqueles que não iam à igreja. Esse homem também tinha ouvido.
A mãe da esposa de Pedro tinha sido curada e, mais tarde, naquela mesma noite, após o pôr-do-sol, multidões de pessoas tinham sido curadas antes que Jesus finalmente desaparecesse nas colinas para orar.
Alguma coisa a mais tinha acontecido, algo nunca ouvido desde os dias de Eliseu. Um leproso havia sido curado. Quando a notícia circulou, as multidões se tornaram tão grandes que Jesus teve que Se afastar de Cafarnaum para encontrar tranqüilidade.
Agora Jesus estava outra vez em Cafarnaum, na casa de Pedro. Havia uma multidão tão grande ali que não havia jeito de entrar. Porém, pela própria sugestão do homem, seus amigos o carregaram até o telhado, removeram as telhas, e o baixaram por entre as vigas.
Isso teria sido embaraçoso para qualquer pessoa com inibições comuns. Pode você imaginar-se fazendo isto – colocando-se a si mesmo sob a misericórdia de uma multidão zombadora? Cada um estava curiosamente olhando para ele, ao descer diante de todos. Mas ele chegara ao fim de seus próprios recursos. Quando uma pessoa está à porta da morte, nada mais importa.
As pessoas estavam ali – os curiosos, os reverentes, os descrentes, os afoitos. O grupo de espias estava ali, vindo de Jerusalém – os fariseus e saduceus, já em busca da vida de Jesus. Você pode ver a imensa multidão dentro e fora da casa, ouvindo pelas janelas e em pé nas portas. Você pode ouvir o súbito silêncio no quarto, após o rompimento do telhado, e sentir a tensão no ar, enquanto um solitário homem é baixado diante da própria presença de Jesus.
A história diz que Jesus viu a fé deles. Não perca o fato de que a fé dos quatro que carregavam o homem também estava envolvida. Nós não sabemos seus nomes. Não cantamos sobre eles, ou contamos a história de sua vida. Porém, eles trouxeram esse homem nos braços da própria fé até a presença de Jesus.
Agora vêm as palavras que trazem o grande momento da vida desse homem: "Meu filho.'' Meu filho? Você quer dizer que o Deus do Universo chama alguém como esse de Seu filho? É o Deus de justiça sobre o qual temos ouvido? E o Deus que tem uma lista e está verificando-a com rigor, tentando ver quantas pessoas Ele poderá manter fora do Céu? Deus chamou esse homem, com seu enorme relatório, de "Meu filho"?
Sim, isto é Deus falando. Isto é Deus dizendo: "Meu filho." Então Mateus adiciona uma pequena frase que Marcos não tem em seu relato da história: "Tem bom ânimo." Veja S. Mateus 9:2. Eu gosto dessa frase. Seria possível que hoje, alguém necessitasse ser animado? É possível ser soterrado pela culpa, pelo remorso e pelo pecado? Há alguém hoje, que pode olhar para esse fato e ver mais do que apenas uma história, que pode colocar-se na mesma situação?
Temos hoje, aqueles que representam a multidão zombadora – os curiosos, os afoitos, os reverentes e os descrentes? Temos hoje, aqueles que podem representar o homem paralítico? Se temos, então essas palavras ainda se aplicam – "tem bom ânimo, teus pecados estão perdoados".

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